Horror nas Alturas
1973 – EUA, cor, 73 minutos
The Horror at 37,000 Feet
Direção: David Lowell Rich
Roteiro: Ronald Austin e James D. Buchanan
Elenco: Jane Merrow, Paul Winfield, William Shatner, Tammy Grimes, entre outros e outras
A escolha dos filmes e telefilmes que compõem este projeto é bem curiosa, em boa parte das vezes a pauta cai porque na exata hora em que dou o play o coração diz “não!” e tenho aprendido que em casos assim a melhor escolha é partir pra outra. Vocês sabem o calvário que é escolher filmes de qualquer época ou gênero quando abrimos o serviço de streaming de nossa preferência e é a mesma coisa nesses casos, passo os olhos nas escolhas “oficializadas” e não dá outra, saio à caça de títulos que não estão lá, encontro-os e adiciono-os à lista e continuo a procurar porque nem sempre o enredo me cativou e insisto, afinal, tenho o privilégio de trabalhar com o que gosto e sendo “diversão” a palavra de ordem, como eu poderia resistir a um folk horror que se passa em um avião? Em Horror nas Alturas um arquiteto bem de vida (Roy Thinnes) e sua esposa (Jane Merrow) intentam transportar parte de uma abadia existentes há séculos nas terras da família da mulher para os EUA num voo cheio de gentes peculiares que nem imaginam ficar presas num ataúde de metal a milhares de metros de altura.
Desde antes do embarque da construção coisas estranhas acontecem, como a temperatura baixar absurdamente de uma hora para outra nos compartimentos da aeronave e vozes misteriosas se fazendo ouvir, por exemplo.
Entre as peculiares gentes citadas há pouco temos um médico estoico (Paul Winfield), um velho ricaço (Buddy Ebsen), um ator de faroestes cuja carreira já viu dias melhores (Will Hutchins), uma fanática religiosa (Tammy Grimes) que persegue o casal por saber que nada de bom vai acontecer se aquele sacrilégio continuar e um pastor (William Shatner, o eterno Capitão Kirk de Jornada nas Estrelas) descrente em absolutamente tudo nessa vida, menos no poder do uísque.
Essas singelas personalidades mais uma dedicada equipe de bordo terão que sobreviver à entidade vingativa e extremamente descontente que pretende resolver as coisas da única maneira que conhece. Tivesse personagens melhor desenvolvidos, certamente teríamos um pequeno clássico dos telefilmes de horror aqui, mas, o destaque foi dado à maior estrela do elenco, que tem bons momentos como Padre Kovalic sem deixar de nos brindar com a sua inigualável canastrice (graças a zeus).
Outro ponto que deixa a desejar são os efeitos preguiçosos, mas, passado o primeiro choque, aceitamos e seguimos em frente, até a decisão simplesmente inacreditável que os personagens e as personagens tomam para se livrar da morte iminente.
Telefilme perfeito para as noites em que não podemos nos estender até tarde e que nos faz perguntar porque as redes de televisão brasileiras nunca embarcaram nesse formato exitoso até hoje nas terras do Tio Sam. Vai entender.
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