2012 - EUA colorido, 75 minutos
Direção e roteiro: H.P. Mendoza
Elenco: Anne Ishida, Jeannie Barroga, Rick Burkhardt, Maia Mendoza e Rachel Wong
Emily (Anne Ishida) lê, cozinha, come, caminha, vai às compras, lava o chão e faz outras coisas da rotina de quem mora só, numa vivência, tirando um ferimento auto infligido aqui e outro ali, absolutamente banal na maior parte do tempo. Ela é um fantasma, foi assassinada e o fato dela não lembrar quem é o responsável por isso a mantém presa na casa, revivendo várias lembranças de maneira alternada. Sem que ela saiba, seus humores e atitudes influenciam no dia a dia dos atuais moradores do lugar, que contrataram uma médium (Jeannie Barroga) para ajudá-la a colocar alguns pontos em alguns "is". Durante as sessões surgem controvérsias relacionadas ao seu desencarne, controvérsias essas que Emily se recusa a aceitar.
Financiado via crowdfunding que gerou um orçamento de cerca de dez mil dólares, ganhou vários prêmios e em pouco mais de uma hora de duração em combustão lenta, vemos uma fantasma cheia de dúvidas que, igual às gentes vivas, padece de medos e inseguranças, fazendo com que acompanhemos, curiosos e curiosas, o desenrolar de uma história que conta apenas com a protagonista sozinha em cena na maior parte do tempo entre cenários simples, mas, tão bem fotografados que chega dá vontade de chorar.
Dedico essa postagem aos realizadores e às realizadoras do audiovisual, em especial aos envolvidos e as envolvidas em cinema de gênero, reis e rainhas do "se vira nos trinta" quando têm que trabalhar com baixos ou médios orçamentos, ou seja, quase sempre. Máximo respeito.
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