Yellowjackets: segunda temporada
Se a primeira temporada alicerçou possibilidades interessantes para serem desenvolvidas no futuro, está aqui se revela um amontoado de acontecimentos tediosos onde cada vez mais mistérios são apresentados e pouca coisa resolvida, dando a real impressão de que o que importa ali é manter a audiência alta até onde possível apenas, ao invés de trabalhar a riqueza que reside nas personagens principais, seres atormentados desde antes do desastre aéreo que as isolou por meses a fio numa floresta inóspita no meio do absolutamente nada, afetando suas vidas para sempre.
Gosto muito da possibilidade de tudo aquilo ser um delírio coletivo movido à coincidências que acabaram por rascunhar o resto das vidas das sobreviventes, além de ter para mim que algumas barbaridades todas como delírio aconteceram, realmente. Cada uma daquelas garotas carrega em si dores que por vezes se igualam às do público, como gravidez indesejada, sexualidade reprimida e outros dilemas de pressão extrema que nos afligem mesmo que cercados e cercadas de segurança.
Ponto para a série, mas, aqui pra nós, senti o caldo desandar nessa segunda temporada, que nos inundou de mais mistérios e resolveu pouca coisa, mas, essas personagens têm poder e as dores e esperanças delas, mesmo que capenga às vezes, mantém a nossa curiosidade. Vou continuar assistindo, confesso.
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